domingo, 25 de abril de 2010

ASA DE AGUIA


História
No final da década de 80, mais precisamente em 1987, nascia um dos maiores fenômenos da música baiana: o Asa de Águia. Desde o início de sua carreira o diferencial do grupo é combinar um empolgante mix de ritmos. De lá para cá, a banda se transformou em um verdadeiro ícone da axé music, conquistando diferentes gerações de fãs, espalhados por todo o país. Mas não é só no Brasil que a banda faz sucesso. Apesar de não ter uma carreira internacional consolidada, o Asa já se apresentou em diversos lugares como: Nova York, Miami, Orlando, Atlanta, Newark (EUA), Montreux (Suíça), Tóquio (Japão) e Barcelona (Espanha).

Segundo o líder da banda, Durval Lelys, a receita do sucesso é fazer aquilo que o povo gosta. "O Asa faz um som para dançar, levando alegria para os quatro cantos do país. Minha música, dançante e alegre, é a cara do Brasil”, revela. Já no palco, a situação não é diferente. Durval sabe agitar o público como ninguém e sobre isso, fala sem nenhuma cerimônia: "Todo mundo sabe que o Asa Arrêa quando entra em cena, é pura adrenalina e ninguém consegue ficar parado!".

Para comprovar que o Asa realmente Bota pra Ferver, não faltam grandes sucessos. Ao longo da sua carreira, a banda tem acumulado hits como Take it Easy, Qual é?, A Gente Pede Festa, Com Amor, Não Tem Lua, Oba Vou Passear, Cocobambu, Dia dos Namorados, Pra Lá de Bragadá, Xô Satanás, A Dança da Tartaruga, Manivela, Dança do Vampiro, O Rei da Rua, Casamento Não, Salvador Dalino, Abalou, O Mago, Amor de Fé, Gênio da Lata, O Que Tem Que Ser Será, Simbora e Dia do Asa. Na lista de sucessos também não pode faltar Quebra Aê, que arrebatou seis troféus como a melhor música no Carnaval 2007 e a mais executada no Carnaval de 2008 em todo país.

Formado por Durval Lelys (voz e guitarra), Leví Pereira (baixo), Rady (bateria), Ricardo Ferraro (teclados) e Bajara (percussão), o grupo já acumula 19 discos na carreira, somando mais de cinco milhões de cópias. Com o seu primeiro DVD “Asa de Águia Ao Vivo”, lançado em setembro de 2006, a banda recebeu o DVD de Platina, equivalente a 50 mil cópias vendidas, e o CD arrebatou o Disco de Ouro, também com venda superior a mesma marca. Já o segundo DVD, comemorativo aos 20 Anos do Asa que foi gravado em: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Natal e Salvador, resultou no primeiro DVD duplo da história da Axé Music. Foi lançado em novembro de 2008 e já recebeu DVD de Ouro equivalente a 50 mil cópias vendidas.

No Carnaval baiano, o Asa desfila nos blocos CocoBambu e Me Abraça. Já nas micaretas (carnaval fora de época) pelo país, a banda leva o bloco Cerveja & Coco, uma parceria entre o Asa de Águia e Ivete Sangalo. Além dos blocos, também foram desenvolvidos projetos diferenciados de shows como a Trivela, Cocobambu Folia, Asa Beach, Asa Country, Asa Fest, ArraiAsa, Asa Beats e Asa 3D trazendo ainda mais novidades para as suas apresentações indoor.

chiclete com banana


História
A banda, formada por Bell Marques (vocal, guitarra, violão e compositor), Wadinho Marques (teclado), Valdemar (bateria), Waltinho Cruz (percussão), Deny (percussão) e Lelo (contrabaixo) originou-se de um grupo chamado Scorpius, que se apresentava em festas de formatura e era considerado um autêntico conjunto de bailes. Desse grupo já faziam parte Bell e Wadinho, que mais tarde vieram a se unir com os demais integrantes.

Em 1980, abraçando a idéia de Bell de tocarem em um trio elétrico, foram contratados pelo Bloco Traz os Montes para tocarem no Carnaval daquele ano. No ano seguinte, o engenheiro de som Wilson Silva (irmão de Bell e Wadinho) sugeriu e pôs em prática uma idéia revolucionária de fechar toda a lateral do Trio com caixas de som e usar equipamentos de potência transistorizada, passando todos os músicos a tocarem na parte superior do trio, causando assim, na época, grande diferença dentre os demais, já que nesses a percussão localizava-se nas laterais inferiores e somente os músicos de corda permaneciam na parte superior. Esta foi a maior revolução do trio elétrico na década de 80.

Em 1982 a banda foi convidada para gravar um disco. Surgiu então a vontade de mudar o nome da banda que estava ultrapassado. Nildão, cartunista e artista gráfico foi o responsável pelo nome, que na época, criou muita polêmica. O nome "Chiclete com Banana" deu-se pela grande mistura de ritmos que a banda fazia com suas músicas. Com o nome da banda definido, o 1º LP foi gravado em 1982 com o nome "Traz os Montes". Depois disto, vieram os álbuns "Estação das Cores" (1983) e "Energia" (1984).

No ano de 1986 com o lançamento do disco "Gritos de Guerra", a banda vendeu quase um milhào de cópias, marcando assim o início do enorme fenômeno chamado Chiclete com Banana. Falar de Chiclete é falar de paz, harmonia, alegria. É falar de carnaval de Salvador, é falar de 26 carnavais fora de época que a banda toca, é falar dos quase 13 milhões de discos vendidos, sendo depois da banda Legião Urbana a que mais vendeu discos no Brasil, com cerca de 150 apresentações por ano. A banda possui também o trio elétrico mais moderno e caro do planeta: batizado de Tiranossauro Rex, o projeto custou cerca de 3 milhões de reais.

Depois de "Gritos de Guerra" veio o disco "Fé brasileira", que chegou a 450 mil cópias vendidas, que é a média de discos da banda vendidos por ano, ou seja, 4 Discos de ouro e 1 de Platina.

Desde 1982 o Chiclete com Banana faz experiências com todo estilo de música, do rock ao forró. Buscavam, com isso, injetar na nossa música um jeito peculiar e especial de ser. Essa grande salada de ritmos, leva até hoje o grupo às paradas de sucesso em todo o país, transformando em hit, nas rádios de todo o Brasil, sete a oito músicas por disco, façanha rara entre artistas nacionais.

A trajetória da Banda ainda inclui as passagens em blocos de Carnaval. Começaram com o "Traz os Montes", um bloco da garotada da Barra. Depois ficaram por 2 anos no "Traz a Massa", que era um bloco mais popular, o que nunca incomodou a banda, pois suas músicas sempre atingiram tanto o público mais popular quanto o das classes mais altas. O Chiclete com Banana sempre contou com o apoio de um público fiel, constituído da mais variadas faixas etárias e que lotam clubes, ginásios, campos de futebol, casas de espetáculos e diversos outros locais em que o grupo se apresenta.

Receberam então o convite do bloco Os Internacionais, onde tocaram por 4 anos. A banda lembra com muito carinho deste tempo de convívio com o bloco. Como o Chiclete já tinha o seu próprio trio, resolveu desvincular-se de blocos de Carnaval e tocar para o povão na rua, com ou sem patrocínio, pois já tinham uma estrutura montada e até sua própria produtora, a Mazana. Neste meio tempo apareceu a proposta tentadora do bloco Camaleão. Era a oportunidade de tocar para um público diferente. Firmaram então contrato com o Camaleão, sendo hoje o bloco mais caro pra desfilar no Carnaval de Salvador, onde estão até hoje.

Durante sua trajetória vitoriosa, o Chiclete com Banana teve algumas formações diferentes entre seus músicos. Bell Marques, Wadinho, Valmar Paim, Waltinho, Deni e Lelo formam atualmente o grupo de maior sucesso de Axé no Brasil.

No dia 01 de novembro de 2008, a banda gravou o segundo DVD em sua história na cidade de Salvador. O evento aconteceu no Parque de Exposições da capital baiana. A festa reuniu aproximadamente 50 mil chicleteiros.[1]

Entrevista com Léo Santana - Parangolé



Quem nunca ouviu em alguma rádio o sucesso “Balacobaco”? Junto com esse hit, praticamente todo o repertório da banda Parangolé está estourado não só na Bahia como em outros Estados. O grupo existe há mais de dez anos, mas sob o comando do vocalista Léo Santana, 20, foi apenas a segunda vez que se apresentou em Juazeiro. Falando dos shows, carreira e até sobre sua vida pessoal, o “Anjo Parangoleiro” deu uma entrevista exclusiva à nossa equipe no terraço do hotel em que ficou hospedado, com uma vista maravilhosa para o rio São Francisco. Centenas de fãs aglomerados na praça em frente ao hotel aguardavam por um autógrafo, uma foto, um simples aceno dessa febre da música baiana. De camiseta regata exibindo a tatuagem no ombro direito, calças jeans, sandálias e claro, de boné, o simpático Léo, arrancou gritos das fãs toda vez que aparecia na varanda do seu apartamento.

Reportagem e fotos: Glauber Dantas

SG: Recentemente você recebeu o troféu Dodô e Osmar como cantor revelação do carnaval de Salvador de 2009, desbancando inclusive o cantor Eddie do Fantasmão, grande favorito ao prêmio. O que mudou depois disso?

Léo: Muita coisa. Primeiro porque foi uma surpresa, para mim, receber esse troféu. Claro que eu estava confiante, principalmente pelo fato de que todas as pessoas que fazem parte do Parangolé estão trabalhando muito para consolidar o sucesso da banda, mas realmente não esperava. E agora, tanto em termos de agenda como de cachê, melhorou bastante.

SG: E como está a expectativa para subir pela segunda vez nos palcos de Juazeiro pelo Parangolé?

Léo: A gente sabe que a aceitação da banda pelas pessoas está grande, graças a Deus, mas mesmo assim sempre dá aquele frio na barriga logo no início dos shows. Depois o sangue ferve e é só descer a madeira (risos)

SG: Você vai completar 21 anos no dia 22 de abril e está no seu segundo ano à frente do grupo. O que você sente estando no auge assim tão jovem?

Léo: Às vezes eu me pego pensando nisso e acho que a ficha não caiu completamente. Estou no Parangolé há um ano e meio, mas já fui vocalista da banda Pegada de Ghetto. Comecei cedo na música e agora estou colhendo bons frutos, mas são frutos do nosso suor. Vale à pena ter essa responsabilidade mesmo com 20 anos.

SG: Por falar em sucesso, foi difícil saber administrar essa mudança tão grande na sua vida, já que você é de família humilde?

Léo: Procuro não me iludir muito e não deixar o sucesso subir à cabeça. Eu nasci no Periperi, subúrbio de Salvador, mas passei a maior parte da vida em Boa Vista do Lobato, bairro vizinho. Já passei por muita coisa para chegar onde estou e acho que os valores que a minha família passou não permitem cair nessa cegueira. Humildade é uma grande virtude.

SG: E como nasceu seu interesse pela música?

Léo: Quando criança, sempre tinha brincadeira de música com meus avós. Geralmente na época de São João, eu viajava para Valente, no interior da Bahia, cidade em que eles moravam. E esse costume de cantar, dançar, sempre foi mantido. Talvez tenha surgido daí minha paixão pela música. Depois disso, com uns 13 anos, eu passei a tocar pandeiro numa banda. Só que eu ficava meio sumido, só os cantores faziam sucesso. O pessoal da banda namorava e para mim só ficavam os elogios “Nossa! Como ele é novinho”. Então eu fui me aprimorando, estudando até que entrei na Pagada de Ghetto e pouco tempo depois veio o convite do Parangolé.

SG: Falando de namoro, como está o coração do Léo Santana?

Léo: (risos) Olha, eu posso dizer que o meu coração está livre e desocupado. Estou solteiro, a maior parte do tempo dedicada à banda, mas estou à procura de um grande amor, um amor de verdade.

SG: Mudando de assunto, como anda a agenda do Parangolé?

Léo: Graças a Deus estamos com muito trabalho, o carnaval terminou, mas a gente continua no batente. A banda está fazendo uma média de 15 shows por mês.

SG: O grupo está estourado nas paradas de sucesso e não somente com uma música. Quase todo o repertório está na boca do público. O segredo desse sucesso é o pé quente do Léo?

Léo: O trabalho do Parangolé vem não só de mim como de toda a equipe: músicos, dançarinos, produtores... Acho que o segredo está nas pessoas. Nosso trabalho depende delas. Se você cair no gosto popular, o sucesso é garantido. Um exemplo são as nossas músicas carro-chefe: no trabalho anterior, lançamos Mamoeiro, mas o Desce a madeira fez muito mais sucesso e hoje é a cara do Parangolé. O mesmo aconteceu dessa vez. A música principal do novo repertório seria Te quero toda, mas o Balacobaco está na boca da galera.

SG: Como você lida com o assédio das fãs?

Léo: Eu gosto bastante. É sinal que nosso trabalho está sendo reconhecido. E tanto homens quanto mulheres prestigiam nossos shows, nossa chegada às cidades. Claro que as mulheres são a maior parte, e demonstram mais esse carinho, mas sou muito grato a todo nosso público.

SG: Para encerrar a entrevista, vamos voltar a falar do carnaval de Salvador. Você cantou com Daniela Mercury num trio elétrico, se consagrou entre os grandes nomes da música baiana. O ano de 2009 veio cheio de conquistas. É o ano da sua vida?

Léo: Com certeza está sendo um ano de muitas realizações e com fé em Deus muitas ainda estão por vir. Para mim foi uma honra cantar ao lado dessa rainha do axé que é a Daniela. Eu só tenho a agradecer a ela e a todos os artistas que cantaram e cantam nossas músicas, que ajudam a divulgar nosso trabalho e principalmente aos nossos fãs. Sem eles tenho certeza de que o Parangolé não estaria onde está hoje. Um grande beijo a todas as pessoas de Juazeiro, Petrolina e região. Que todos continuem ouvindo as músicas do “Parango” e acompanhando nosso trabalho.